A Origem das Tradições Natalinas

Edição 3 | Tempo de Leitura: 12 minutos

Leia a Newslleter escutando a Playlist Natalina:

https://www.youtube.com/watch?v=NrgLO9vbocY

Eu sempre me perguntei

Querido Leitor, então é Natal… (e o que você fez kkk)

Aquela época especial do ano que nos traz alegria, tempo de canções alegres e filmes de Natal, eu pelo menos acho isso muito cativante, é um renovar de energias, de leveza e amorosidade

É fato que o Natal na América do Norte é muito diferente do nosso. Enquanto lá tem frio e neve, nós aqui temos calor, pernilongo, alguns lugares, chuva, muita chuva e a Simone perguntando o que você fez(querida Simone, fiz o que deu 😆).

Agora falando sério, eu sempre me perguntei sobre o surgimento das tradições de Natal: Árvore-de-natal? Por que as cores vermelho e verde? Não poderia ser verde e amarelo? Elfos? Renas que voam? Como surgiu o Presépio?

Bem caro leitor, vamos descobrir. 😉 

Tire um tempo para a sua leitura, coloca a playlist de Natal, e vamos lá.

1. As cores Vermelho e Verde

Quando o Natal bate à porta, não tem como escapar da clássica dupla de cores vermelho e verde! Elas estão em toda parte, dos enfeites brilhantes às roupas que nos abraçam, sem esquecer da famosa poinsétia! 

Mas, por que essas cores?

A resposta pode estar escondida em um arbusto: o azevinho, com suas folhinhas verdes vibrantes e frutinhas vermelhas que parecem gritar "Feliz Natal!"

Os antigos celtas já sabiam da boa sorte que o azevinho trazia, capaz de espantar os maus espíritos no inverno. E, como um verdadeiro guerreiro da esperança, ele se mantinha verdinho mesmo no frio!

Mas calma que o azevinho não estava nessa sozinho! Ele teve a ajuda de dois gigantes: o Papai Noel e... pasmem, a Coca-Cola! Hahaha, sim, a Coca-Cola!

Imagina só, na década de 1930, a Coca-Cola fez uma campanha publicitária com o bom velhinho, todo de vermelho e cercado por árvores de Natal verdinhas. Essa imagem icônica se espalhou pelo mundo, consolidando o vermelho e o verde como os reis do Natal!

2. Papai Noel

O Papai Noel, com sua magia e pacotes cheios de alegria, é o Superstar do Natal!

Acredite se quiser, mas a saga do Papai Noel começa com um santo da pesada (no bom sentido) lá do século III: São Nicolau.

Esse cara era a própria generosidade em forma humana, famoso por fazer surpresas para as crianças, tudo no modo ninja!

Com o passar dos anos, as histórias de São Nicolau viajaram pelo mundo e se transformaram em lendas. Cada cultura jogou seu tempero na receita, criando versões incríveis do bom velhinho.

O Papai Noel que conhecemos hoje nasceu do Sinterklaas holandês, que, adivinha só, também é inspirado em São Nicolau! Quando ele desembarcou nos Estados Unidos, fez uma mistura de tradições e virou uma lenda única!

A imagem do velhinho rechonchudo com a barba branca foi eternizada pelos desenhos de Thomas Nast no século XIX.

Essas artes inspiraram tudo, até as campanhas publicitárias da Coca-Cola.

E assim, o Papai Noel se tornou o embaixador universal do amor, generosidade e toda a magia natalina! Eu me lembro, quando eu era criança, o Papai Noel visitava minha casa todos os anos, inclusive eu tenho provas de que ele existe! Tenho fotos!!! Mas eu não posso te mostrar, são confidenciais 😅.

3. Os elfos do Papai Noel

Como qualquer expert em Papai Noel sabe, o famoso saco do bom velhinho é um verdadeiro baú mágico cheio de brinquedos feitos por elfos que moram no Pólo Norte! 

Esses elfinhos têm raízes que vão lá longe, até as antigas tradições germânicas. Dizem que eram criaturas pequeninas com orelhas pontudas, sempre protegendo os bonzinhos do mal

Assim como as fadas, esses elfos tinham poderes mágicos e adoravam aprontar! Aliás, o próprio Papai Noel já foi considerado um elfo no icônico poema de 1823, A Visit from St. Nicholas, também conhecido como “Twas the Night Before Christmas”. 

E fiquem tranquilos, esses elfos natalinos são bem mais baixos e menos cheios de si do que os esbeltos elfos de histórias de alta fantasia!

Mas quando foi que os elfos de Natal começaram a fazer parte da equipe do Papai Noel? 

A primeira menção famosa dos elfos trabalhando com o bom velhinho pode ter surgido em uma história de 1857 no Harper's Weekly chamada The Wonders of Santa Claus, onde se dizia que ele tinha uma equipe de elfos fazendo brinquedos. 

Essa ideia pegou e outros artistas, como Norman Rockwell em 1922, seguiram a tendência mostrando o Papai Noel com uma grande força de trabalho de elfos. 

E claro, os elfos brilharam no clássico especial de TV de 1964 “Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho” (e você logo vai rever essa belezura)!

Em 2005, o Elfo na Prateleira se juntou à festa do Papai Noel. A dupla mãe e filha, Carol Aeborsold e Chanda Bell, apresentaram esse pequeno elfo no livro “The Elf on the Shelf: A Christmas Tradition”

Agora a tradição natalina não é mais a mesma!

4. As renas do Papai Noel

Para entregar todos esses brinquedos maravilhosos, o Papai Noel voa por aí em seu trenó mágico puxado por nove ou oito, se você for dos puristas do Natal, renas aladas

Qualquer fã do bom velhinho sabe que essas renas são Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner, Blitzen e, claro, o Superstar Rudolph! 

Mas calma aí, de onde vieram essas renas? Será que vende no Pet Shop perto da minha casa? kkk

Como muitas tradições do Papai Noel, as oito renas originais ganharam vida no famoso poema de 1823 “A Visit from St. Nicholas”, onde o Papai Noel era descrito como um elfo gordinho e alegre. Nesse poema, ele aparece em um “trenó em miniatura” puxado por “oito pequenas renas”. 

E adivinha? É daí que vêm os nomes das oito renas!

Agora, quem não conhece a rena mais famosa de todas? Rudolph, com seu nariz brilhante, só fez sua estreia mais de 100 anos depois das outras renas brilharem! 

Ele foi criado pelo autor Robert L. May, que contou sua história em um livro de Natal de 1939, tudo isso para promover uma loja de departamentos. 

Milhões de livros do Rudolph foram vendidos, e ele se tornou um ícone natalino, especialmente devido à famosa canção “Rudolph the Red-Nosed Reindeer” (1939), escrita pelo compositor Johnny Marks. 

Que sucesso hein querido leitor!

5. Meias de Natal

Ah, as famosas meias de Natal! 

Admitamos, essa tradição é uma das mais malucas do feriado. A criançada é treinada para pendurar meias na lareira, como se Papai Noel fosse um ladrão bonzinho de presentes durante sua alegre invasão! E adivinha?

Essa tradição tem raízes que vão até São Nicolau!

Segundo uma lenda bem divertida, um viúvo pobrinho tinha três filhas e não conseguia juntar grana para os dotes. Como o futuro dessas moças não era nada promissor, São Nicolau decidiu dar uma mãozinha

Em uma noite mágica, ele jogou sacos de ouro pela janela da família. 

E, pasmem! Os presentes caíram exatamente nas meias que as meninas tinham deixado penduradas para secar após um bom banho. 

A história espalhou como fogo em palha e logo todo mundo começou a deixar suas meias na lareira, na esperança de que um Papai Noel generoso também jogasse um pouco de ouro por lá. E assim, essa tradição natalina entrou no trenó e nunca mais saiu! 

Ouro minha gente! Ouro, calma que eu já volto, preciso pendurar todas as minhas meias nas janelas kkkkk.

6. Biscoitos para o Papai Noel

Olha só, entre todos os presentes que esse bom velhinho distribui, a única coisa que ele realmente deseja em troca é um pratão de biscoitos e um copo de leite! 

E vamos combinar, aquela barriguinha redonda não aparece do nada, né?

Na América, essa tradição deliciosa começou a ganhar força lá nos anos 30, tudo por conta do espírito generoso das famílias. 

Dizem que os pais incentivavam os pequenos a deixar um agrado para o Papai Noel, como um jeito de ensinar sobre bondade e solidariedade durante os tempos sombrios da Grande Depressão. 

E, como toda boa tradição, os biscoitos ficaram por aqui mesmo depois que a economia deu uma reviravolta!

Mas não pense que essa prática é exclusividade dos Estados Unidos! 

Crianças em vários cantos do mundo também capricham no lanche da meia-noite para o Papai Noel e seus ajudantes. A origem de tudo isso pode ser encontrada nas tradições nórdicas. 

Segundo as lendas, o deus Odin passeava pelo reino montado em seu cavalo de oito patas, Sleipnir, durante o inverno. Ao invés de deixar comida para Odin, as crianças nórdicas deixavam quitutes para o Sleipnir, torcendo para que Odin retribuísse com presentes em nome de seu fiel cavalo

7. Presentes

Sabe quem começou essa onda de dar presentes? 

Ele mesmo, São Nicolau, o cara era uma lenda por presentear crianças, e o Papai Noel, seu herdeiro natalino, seguiu o exemplo! Mas por que nós trocamos presentes, afinal?

A tradição de dar presentes é tão antiga que até os nossos ancestrais das cavernas trocavam comidinhas! 

Os romanos, não querendo ficar de fora, criaram a Saturnália, uma festa de dar presentes mais animada que festa de aniversário. 

Esse festival rolava no solstício de inverno e, quando Roma abraçou o cristianismo, a Saturnália se misturou com outras celebrações, como o Natal e o Ano Novo. 

Para os cristãos, a história dos três magos trazendo presentes para Jesus foi o complemento perfeito, e a troca de presentes virou tradição!

Hoje em dia, a troca de presentes de Natal foi turboalimentada pela fama do Papai Noel e pela comercialização do Natal. 

Afinal, quem não ama ver os shoppers frenéticos garantindo os melhores presentes? 

(E um salve para quem se dedica a fazer presentes artesanais, porque esses sim têm um toque especial!) 🥰 

8. Árvores de Natal

Seja verdadeira ou falsa, uma árvore de Natal toda enfeitada é como um diamante na sala, só esperando o bom velhinho trazer presentes incríveis (ou aquelas meias que a gente não pediu)! 

Decorar com árvores no inverno é uma tradição que vem de tempos antigos, desde os romanos até os egípcios, que usavam essas belezuras para dar um charme extra a santuários e templos.

Mas a árvore de Natal que conhecemos hoje tem raízes nas tradições medievais da Alemanha. Os alemães costumavam enfeitar uma árvore em 24 de dezembro para celebrar a festa de Adão e Eva.

Com o tempo, essa festa se transformou em uma celebração do nascimento do menino Jesus.

E enquanto a tradição bombava na Alemanha, só ganhou força no resto da Europa no século XIX, durante o reinado da Rainha Vitória

Vitória, com sua mãe alemã e o maridão príncipe Albert, adoravam a ideia e tinham uma árvore deslumbrante no Castelo de Windsor. 

Eles se tornaram super populares, e as árvores de Natal começaram a brotar por toda a Grã-Bretanha

Os americanos, sempre de olho na realeza, viram fotos da árvore de Vitória em revistas e, voilà, as árvores de Natal viraram a nova sensação nos Estados Unidos também!

9. Decorações, enfeites e luzes de Natal

Decorar a casa e a lareira no inverno é uma tradição que vem lá de longe, antes mesmo do Natal! (não sei você, mas eu nunca vi uma lareira pessoalmente kkkkk)

Antigas religiões enchiam seus lares com azevinho e outros elementos naturais para dar boas-vindas ao novo ano. E adivinha? A guirlanda de Natal pode ter se inspirado nas coroas de louro que os romanos usavam para festejar a Saturnália! 

Mas as luzes e enfeites natalinos que amamos hoje são bem mais recentes e devem sua fama à estrela da festa: a árvore de Natal.

Falando nela, as árvores de Natal começaram a brilhar primeiro na Alemanha. Os germânicos costumavam adornar suas árvores com delícias naturais, como nozes, frutas vermelhas e azevinho

Em 1847, o vidreiro Hans Greiner decidiu dar uma turbinada e criou nozes e frutas vermelhas de vidro para enfeitar as árvores. Aqueles enfeites, conhecidos como bugigangas na época, logo se transformaram em bolinhas e encheram os bolsos de Greiner!

Agora, para as luzes de Natal, precisamos viajar pelo Atlântico e encontrar Edward Johnson, um amigo de Thomas Edison. 

Na década de 1880, as árvores de Natal estavam bombando nos Estados Unidos, e as velas eram a sensação da decoração

Mas Johnson, com seu olhar visionário, pensou: "E se as famílias não quisessem ver suas casas virando fogueira?" Assim, ele decorou uma árvore com lâmpadas em forma de ovo movidas a eletricidade. 

O público ficou encantado, mas a verdadeira febre das luzes de Natal só rolou quando a eletricidade virou a nova moda!

10. Calendários do Advento

Para quem ainda não conhece, os calendários do Advento são tipo caixinhas de surpresas que contam os dias até o Natal, com 24 portinhas que você abre a cada dia para descobrir uma imagem fofa ou um doce gostoso! 

Eles começam no dia 1º de dezembro e vão até o dia 24, como uma contagem regressiva de alegria!

Originalmente, esses calendários eram usados para marcar o Advento, que começa quatro domingos antes do Natal e é todo sobre celebrar o nascimento de Jesus Cristo. 

A criação do calendário do Advento impresso é creditada a Gerhard Lang, que quando era criança, ganhava uma caixa especial da mamãe cheia de 24 biscoitinhos costurados na tampa.

A cada dia, o pequeno Gerhard se deliciava com um biscoito! Já adulto, ele decidiu criar sua própria versão com portas que escondiam fotos fofas.

E como um bom filme, os calendários do Advento deram uma guinada na história quando saltaram da Alemanha para os EUA, graças ao presidente Dwight D. Eisenhower! 

Ele se juntou ao empresário alemão Richard Sellmer para usar esses calendários em prol de uma boa causa. Eisenhower foi flagrado abrindo um calendário do Advento com seus netos, e essa foto natalina bombou nos jornais americanos! 

A partir daí, os calendários do Advento viraram uma sensação nos EUA e continuam a fazer sucesso até hoje, espalhando alegria durante as festas!

11. Canções de Natal

Prepare-se para uma viagem no tempo, porque as canções natalinas são mais antigas que a própria festa! Antigos seguidores de religiões pagãs já mandavam ver em canções para celebrar o solstício de inverno. 

Os padres cristãos adoravam as melodias, mas não estavam lá muito a fim da vibe secular. Dizem as más línguas que a primeira canção natalina foi o “Angel’s Hymn”, lá em 129 d.C., tudo porque o Bispo de Roma queria dar um chega pra lá nas celebrações pagãs. 

Enquanto os hinos faziam os clérigos vibrarem, a galera cristã, que mal entendia o latim, não estava tão empolgada. Mas tudo mudou com a chegada dos presépios! 

Quando esses belos cenários surgiam, era uma festa de canções em idiomas locais, permitindo que a plateia finalmente cantasse junto.

E quanto ao famoso “cantar de porta em porta”? Ah, isso é coisa mais nova! Na era vitoriana, as canções natalinas se juntaram à tradição inglesa de wassailing, que era basicamente um “feliz ano novo” aos vizinhos. 

Essa mistura mágica gerou uma onda de composições natalinas que embalam até hoje nossas festas com as músicas que todo mundo ama cantar!

12. Presépios

O presépio, com suas figuras que representam o nascimento de Jesus, é uma das tradições mais queridas do Natal entre os cristãos. 

Mas você sabia que a ideia do presépio surgiu com São Francisco de Assis lá em 1223? Pois bem caro leitor, eu não sabia até pouco tempo atrás.

São Francisco, inspirado por sua viagem à Terra Santa, queria que todos pudessem sentir a emoção de visitar Belém, o local de nascimento de Jesus. No entanto, as perigosas Cruzadas tornavam a viagem impossível para muitos. 

Então, São Francisco teve uma ideia brilhante: se as pessoas não podiam ir à Belém, ele traria Belém até elas! (Um gênio!) 

Em uma caverna na Itália, ele criou o primeiro presépio, com direito a um boi e um burro de verdade! 

A ideia fez tanto sucesso que se espalhou rapidamente pelo mundo cristão. Era uma forma poderosa de ensinar sobre o nascimento de Jesus, especialmente para aqueles que não sabiam ler. 

Com o tempo, os presépios foram ganhando mais detalhes e personagens, tornando-se verdadeiras obras de arte que celebram a história do Natal. 

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